Amor, poema e identidade: um relato de experiência sobre a oficina realizada no Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa e Literatura III
A trajetória do tornar-se professor é complexa e árdua, com frutos que não colheremos no dia seguinte ou no ano seguinte. E isso é muito real, e durante as aulas de estágio tivemos a oportunidade tratar e conversar bastante sobre essa questão, que foi muito bem comentada pela professora em sala de aula. Mas, a docência é também um ato grandioso e gratificante, afinal, encontraremos e passaremos por inúmeras pessoas. As aulas de estágio foram valiosas para compreender a prática em sala de aula, como inovar, como pensar em maneiras para voltar os olhos dos estudantes que estarão ali todos os dias. Uma das gincanas apresentadas em sala, foi direcionada pela professora Rubra, a gincana consistia e descrevermos o ambiente, para que depois nossa colega pudesse remontar o cenário com base no que escrevemos, uma ótima atividade para trabalhar a escrita. Dinâmicas também que trabalhariam a oralidade, como uma de se descrever em determinada quantidade de tempo.
Os encontros nas aulas de estágio proporcionaram uma melhor compreensão de todo processo da docência, as trocas de experiencias com os próprios colegas em sala de aula, sobre suas experiências em sala de aula, pontos a melhorar, elogios a organização e fluição das aulas e oficinas realizadas pelos estagiários. Tratamos sobre a intolerância religiosa que ainda é muito presente dentro das escolas, a abordagem dentro das salas considerando que existe apenas uma única maneira "certa de crer". Como professores em formação precisamos analisar o contexto de sala e saber lidar com a pluralidade ali dentro. Fizemos algumas conversas sobre religiões, e nesse decorrer também aprendemos questões que em diversos casos em nossas trajetórias não tivemos a chance de conhecer, e era absorvido de maneira distorcida. Com a orientação da professora Rubra, foi pedido para a turma de estágio elaborar um vídeo explicativo sobre as leis 9394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, 11.645/2008 que torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fndamental e médio e 10.639/2003, que alteram a lei de diretrizes e bases, para incluir a obrigatoriedade das temáticas.
O texto sobre literatura em sala de aula da Ivanda Maria, apresentado pela professora orientadora o estágio, traz algumas refelxões acerca da literatura, conceitos teóricos e refletir sobre o ensino de literatura dentro da escola. Outro tema pertinente e muito bem comentado no decorrer do estágio foram as questões de gênero na escola, que são esquecidos pela rotina acadêmica e por considerarem assuntos que não devem tratar na escola, mas que são essenciais, o contexto de sala de aula e da escola, é composto por diversas identidades, e essas identidades nos mais diversos casos consideram a escola como um refúgio para suas compreensões, assim como, a escola pode tornar-se um ambiente aterrorizador para essas pessoas. A reflexão como professores em formação é pensar nesses momentos, é pensar até que ponto estamos levando essas questões de maneira inclusiva ou que cause espanto.
A análise linguística foi bem trabalhada nas aulas estágio, e ainda é um assunto que costuma causar espanto nos estudantes por muitas vezes não saber como aplicar em sala de aula, em como não trabalhar o texto apenas para ensinar gramática, ou ensinar por ensinar gramática. A professora Roseli apresentou um pouco sobre o seu Trabalho voltado a análise linguística, trocou um pouco de suas experiências para mostrar um caminho sobre essa temática. No decorrer das aulas vivenciamos algumas formas de trabalhar o texto em sala, em como abordar os gêneros, em como propor gincanas que também ajudam na compreensão do conteúdo e tornam a aula mais dinâmica. Atividades que trabalham oralidade e escrita e despertam a criticidade. Tendo como base a aula da professora Roseli, elaboramos uma aula sobre análise línguística, a proposta seria pensar em qual contéudo seria passado, o trabalho foi realizado em grupo simulando uma sala de aula, em que constantemente os papéis entre professor e estudante eram trocados entre os estagiários, para uma melhor explicação do tema, que era o substantivo dentro da música "Cuitelinho".
Durante a oficina realizada na Escola Estadual Dr Pedro Ludovico Teixeira, a professora propôs fugir um pouco do tradicional, e sugeriu o trabalho com o poema e o amor, no inicio foi um grande desafio pensar em como levar um tema complexo que é o amor para uma turma de ensino médio. Mas conseguimos levar a temática sobre amor, e trabalhar o poema com os estudantes, levamos alguns poemas para observarem a estrutura, músicas que tratavam sobre amor, e pedimos a eles que mostrassem músicas que representavam o amor na concepção de cada um, também foi apresentado poemas autorais dos estagiários, que chamaram a atenção dos alunos por terem os escritores próximos, algumas perguntas foram feitas por eles sobre como foi o processo de escrita, qual era o sentimento no momento da escrita e o que levou a escrever determinado poema.
O segundo passo foi pedir uma produção individual de cada estudante, o objetivo era que com base nas conversas trocadas durante a oficina eles fizessem a produção de seus próprios poemas, e é nesse ponto que abordamos a identidade, que foi pedido aos estudantes que colocassem suas identidade no momento em que fossem escrever, com o decorrer do tempo começaram a surgir poemas muito bem pensado e estruturado por eles, mostrando a força de suas escritas.
Conversa com servidores da escola